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Desafio para tratamento da endometriose: por que o diagnóstico precoce é essencial

Saúde  /  27-08-2025

Desafio para tratamento da endometriose: por que o diagnóstico precoce é essencial

A endometriose é uma doença crônica que afeta milhões de mulheres em todo o mundo, mas ainda é cercada por desafios, especialmente quando se trata de diagnóstico e tratamento. Estima-se que uma mulher leve, em média, dez anos para receber o diagnóstico correto, segundo especialistas da área médica. Essa demora impacta diretamente a qualidade de vida e pode trazer consequências importantes para a saúde reprodutiva.

O que é endometriose?

A endometriose ocorre quando o tecido semelhante ao endométrio, que reveste o útero, cresce em locais fora dele, como trompas, ovários, bexiga ou intestino. Esse processo gera inflamações, dores intensas e, em alguns casos, dificuldades para engravidar.

Os sintomas mais comuns incluem:

  • Cólicas menstruais fortes;

  • Dor durante as relações sexuais;

  • Dor pélvica crônica;

  • Alterações intestinais ou urinárias, dependendo da área afetada;

  • Infertilidade em alguns casos.

Vale destacar que a doença pode se manifestar de forma silenciosa ou com sintomas leves, o que contribui para o atraso no diagnóstico.

Por que o diagnóstico é um desafio?

Segundo a ginecologista Silvana Chedid, a demora em identificar a endometriose é um dos principais obstáculos para o tratamento precoce. “Quanto mais tempo passa, mais os focos da endometriose crescem, piores os sintomas e maiores os riscos de infertilidade”, alerta.

Muitas mulheres só descobrem a condição ao tentar engravidar, o que reforça a importância de estar atenta aos sinais e buscar acompanhamento médico sempre que houver suspeita.

Endometriose e infertilidade

Embora a endometriose possa afetar a fertilidade, isso não significa que todas as mulheres diagnosticadas terão dificuldade para engravidar. O professor Eduardo Motta explica que o risco é maior, mas não absoluto. Em alguns casos, técnicas de reprodução assistida, como a fertilização in vitro, podem ser uma alternativa eficaz.

Fatores sociais e ambientais

O desenvolvimento da endometriose também pode estar ligado a fatores sociais e ambientais. A postergação da maternidade, o consumo de ultraprocessados, o sedentarismo, a poluição e até o tabagismo podem aumentar o risco da doença. Já em grandes centros urbanos, a incidência tende a ser maior devido ao estilo de vida e hábitos relacionados à saúde.

Avanços nos exames e tratamentos

A boa notícia é que os métodos de diagnóstico e tratamento têm evoluído. No passado, era comum a necessidade de cirurgia para confirmar a doença por meio de laparoscopia diagnóstica. Hoje, exames de imagem de alta precisão e profissionais especializados permitem identificar a endometriose sem, necessariamente, recorrer a procedimentos invasivos.

O tratamento também é mais variado e pode incluir medicamentos, mudanças de estilo de vida ou cirurgia, dependendo da gravidade do caso.

Prevenção e qualidade de vida

Embora não exista uma forma garantida de prevenir a endometriose, é possível adotar hábitos que favoreçam a saúde como um todo, como manter uma alimentação equilibrada, evitar ultraprocessados, praticar atividade física regularmente e reduzir fatores de risco como tabagismo e estresse.

O grande desafio da endometriose é o diagnóstico precoce. Quanto antes a doença for identificada, maiores são as chances de preservar a fertilidade, controlar os sintomas e garantir qualidade de vida. Por isso, é fundamental que as mulheres estejam atentas aos sinais do corpo e busquem acompanhamento médico sempre que necessário.

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Sobre a autora:

PhD em biotecnologia.
Carla se tornou PhD em biotecnologia pela Universidade Federal de São Carlos. Possui mais de 10 anos de experiencia em análises de biologia molecular. Carla é apaixonada por aprender os meceanismos por trás dos processos biológicos e trazer essas informações cientificas ao público acadêmico e não acadêmico.

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