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Conheça tudo sobre o Alzheimer

Saúde  /  17-09-2024

Conheça tudo sobre o Alzheimer

O aumento da expectativa de vida, tanto no Brasil quanto no mundo, levantaram muitas questões sobre o que era ideal para atingir a longevidade. Mas, além da longevidade, é importante levar em consideração também a qualidade de vida e bem estar, isso fez com que as pessoas passassem a ter preocupações com o cuidado que teriam para que não só tivesse uma vida longa, mas também saudável.

Com a idade pequenas alterações cognitivas acontecem naturalmente no corpo, como por exemplo, o controle do equilíbrio ou a lentidão no processamento de informações, e essas coisas não indicam necessariamente que algo esteja errado, porém quando esses problemas começam a demonstrar progressão e se tornam incapacitantes para realização de atividades básicas do dia-a-dia, procurar ajuda profissional começa a se tornar imprescindível para o diagnóstico, e pode se tratar de uma demência.

A demência nada mais é do que doenças que afetam o cérebro e que prejudicam diversas funções cognitivas, dentre elas está o Alzheimer, sendo esse o tipo mais comum de síndrome demencial (cerca de 50 a 70% dos casos, segundo o Instituto Alzheimer Brasil (AIB)). A partir de agora, nos aprofundaremos mais sobre o Alzheimer, quais são os sinais, tratamentos e como prevenir o desenvolvimento dessa doença.  

O que é o Alzheimer

O Alzheimer, como citado anteriormente, é uma doença neurodegenerativa descoberta em 1907 pelo neuropatologista alemão Alois Alzheimer. A doença é caracterizada pela perda gradual de memória e outras capacidades intelectuais, sendo ela progressiva e irreversível. As principais pessoas atingidas pelo Alzheimer são idosas com mais de 60 anos, podendo também atingir pessoas mais novas (a partir de 40 anos). Com o aumento da expectativa de vida, consequentemente o número de pessoas com chances de desenvolver o Alzheimer é cada vez maior, por isso, o Alzheimer’s Disease International (ADI) aponta que aproximadamente 50 milhões de pessoas possuem a doença em todo o mundo, e que esse número pode até dobrar a cada 20 anos, sendo que em 2030 podemos ter até 74 milhões de pessoas com Alzheimer no mundo.

No Brasil os números são mais difíceis de identificar por conta da dificuldade de diagnosticar alguns pacientes, porém segundo a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia acredita-se que dois milhões de pessoas brasileiras possuem demência, sendo que aproximadamente 60% dessas pessoas possuem o Alzheimer.

Para promover a melhor forma de cuidados após o diagnóstico da doença, é necessário identificar o quanto antes alguns sinais que podem apontar o Alzheimer, por isso listamos aqui alguns dos sinais apresentados por essa doença.

Sinais do Alzheimer

         Segundo o IAB, alguns sinais podem ser notados antes mesmo do diagnóstico, e é importante que sejam tratados o quanto antes. Entre esses que são considerados sinais estão:

1.  Esquecimento de fatos e acontecimentos recentes: Esse é um dos primeiros e mais importantes sinais da Doença Alzheimer. Esquecer é algo comum na rotina de todo ser humano, principalmente de idosos, mas quando esses esquecimentos passam a ser frequentes e descontextualizados podem representar um sintoma preocupante. Por exemplo: Esquecer o nome do vizinho pode ocorrer com qualquer pessoa, mas esquecer que essa pessoa é seu vizinho pode ser considerada um quadro de esquecimento grave.

2.  Mudanças na capacidade de planejar, resolver problemas, realizar cálculos: Pessoas com Alzheimer tendem a desenvolver dificuldades de realizar tarefas que antes conseguiriam fazer tranquilamente, isso pode variar desde seguir uma receita já conhecida, ou até mesmo controlar as contas mensais.

3.  Dificuldades em executar tarefas que antes faria normalmente, sendo tarefas de casa, trabalho, e atividades de lazer: Essas dificuldades se remetem a atividades simples e rotineiras na qual o indivíduo já estava acostumado a realizar, por exemplo, a ordem de vestir as roupas, usar o telefone entre outros.

4.  Desorientação de tempo e espaço: Esquecer onde está, como chegar em casa, perder noção da passagem do tempo ou confundir o dia com noite pode ser considerado um dos sintomas de uma pessoa com Alzheimer.

5.  Falhas de percepção visual e compreensão com relação ao espaço: Não conseguir identificar cores ou letras durante a leitura não está ligada a dificuldade de enxergar, mas sim que a capacidade de compreensão daquela pessoa está comprometida. Esse sinal pode passar a afetar outras atividades como, por exemplo, dirigir.

6.  Problemas com a linguagem: Esse sintoma pode ser apresentado como dificuldade em se comunicar com outras pessoas durante uma roda de conversa, ou até mesmo trocar palavras comuns por outras que não são usadas normalmente, ou por outras que não fazem sentido com o contexto da conversa, por exemplo, trocar a palavra carteiro por entregador de papel.

7.  Facilidade em perder objetos e dificuldade em encontrá-los: Perder objetos temporariamente é até comum no dia a dia das pessoas, porém para pessoas que apresentam sintomas do Alzheimer ocorre de forma diferente, pois além de fazer isso com frequência pode não localizar os objetos posteriormente, ou até mesmo ser localizado em locais incomuns, como colocar um relógio dentro da geladeira.

8.  Comprometimento da capacidade de julgar ou tomar decisões: Tomar decisões como a forma que o dinheiro é gasto, as roupas no qual se vestirá (usar roupas de frio no calor, por exemplo) podem evidenciar um dos sinais de alguma demência, por isso é importante que os familiares e pessoas próximas possam observar e tomar as atitudes corretas para com essas pessoas.

9.  Afastamento do trabalho e das atividades sociais: Dormir mais que o costume, deixar de realizar atividades antes prazerosas, afastamento de pessoas próximas, ou até mesmo faltar com frequência no trabalho pode indicar que há um problema.

10.  Mudanças de humor, personalidade ou de comportamento: Mudança no humor de tempos em tempos é algo comum para todos, porém se essas mudanças ocorrem repentinamente, de um momento para outro, mudar o jeito de ser ou ter comportamentos incomuns podem caracterizar um dos sinais do Alzheimer.

Esses são alguns dos sinais no qual pode indicar que alguém tem Alzheimer, porém é importante ressaltar que esses sintomas podem ser apresentados também em outras doenças, por isso é muito importante o acompanhamento de um médico para um diagnóstico correto e para decidir qual a melhor forma de tratamento.

Mas afinal, quais são as possíveis causas para o Alzheimer, e como preveni-lo?

Fatores de risco da doença e como prevenir

FATORES NÃO MODIFICÁVEIS

IDADE

Por não ser possível mudar a idade, e ser uma doença frequentemente diagnosticada em pessoas idosas, esse é um dos mais reconhecidos fatores de risco não modificáveis.

GENÉTICA

A genética pode influenciar aproximadamente entre 1 a 10% nos casos de Alzheimer, porém por ser possível ser hereditário (passar do pai para o filho), é um fator que não pode ser alterado.

SEXO

O Alzheimer afeta mais mulheres do que homens (uma relação de 3 mulheres para cada 2 homens), e uma das explicações é a longevidade, já que mulheres tendem a viver mais que homens

FATORES MODIFICÁVEIS

DIABETES

O diabetes tipo 2 é um significativo fator de risco, por isso é importante realizar o tratamento corretamente.

DOENÇAS VASCULARES

Doenças como hipertensão, colesterol alto, aumentam as chances de desenvolver Alzheimer.

OBESIDADE

Assim como outras doenças, a má alimentação pode influenciar no desenvolvimento da doença, por isso o ideal é ter uma alimentação balanceada indicada por um nutricionista.

SEDENTARISMO

Sedentarismo também é uma causa comum para diversas doenças, por isso é importante manter o corpo e a mente ativa para prevenir doenças.

FUMO

Por causar danos em vasos sanguíneos o hábito de fumar pode causar diversas doenças, entre elas AVC, infarto e Alzheimer.

DEPRESSÃO

A depressão é uma doença incapacitante que pode prejudicar o funcionamento do cérebro e a qualidade de vida, por isso precisa ser tratada corretamente para não ser um fator de risco para desenvolvimento de outras doenças.

TRAUMAS NA CABEÇA

Quedas, acidentes e outros podem causar danos no cérebro e consequentemente aumentar o risco de desenvolvimento de demência.

CONSUMO DE ÁLCOOL

Assim como outros excessos, o consumo de álcool pode contribuir com fator de risco para o Alzheimer, além de outras doenças vasculares e hepáticas.

BAIXO NÍVEL EDUCACIONAL

Estudos são fundamentais para o desenvolvimento de funções cognitivas durante toda a vida, por isso é importante seguir com novos aprendizados e atividades desafiadoras a fim de exercitar o cérebro.

Conhecer os fatores de risco é importante para tomar medidas preventivas a fim de evitar desenvolver certas doenças. No caso do Alzheimer podemos enquadrar os fatores de risco em modificáveis e não modificáveis. Entendemos como modificáveis as medidas a serem tomadas no estilo de vida que podem auxiliar na prevenção e não modificáveis as questões biológicas e/ou crônicas. 

         Ou seja, para prevenir o Alzheimer, apesar de haver fatores não modificáveis, ações preventivas como realização de atividades físicas, boa alimentação, controlar os excessos de usos de bebidas alcoólicas e cigarro, podem ajudar a diminuir o risco de desenvolver outras doenças que por consequência podem aumentar o risco de desenvolver o Alzheimer, além de manter a mente ativa com atividades estimulantes para o cérebro.  

Fases da doença

         Após o diagnóstico uma pessoa com Alzheimer pode viver em média entre 10 e 12 anos, e durante esse período pode ser observada pelo menos três fases, sendo que o diagnóstico pode ser dado em fase inicial ou já avançado. Conheceremos a partir de agora como é que cada fase se manifesta.

Fase inicial – Estágio I ou Estágio Leve

         Essa fase pode ter duração de aproximadamente três anos e alguns sinais já começam a aparecer, como alguns lapsos de memória, apesar de ainda ter uma vida independente, a pessoa pode começar a apresentar dificuldade de controlar sua vida financeira, cozinhar, dirigir entre outras coisas como as que citamos nos primeiros sinais.

Moderada – Estágio II ou Intermediário

         Nessa fase a doença já se manifesta de maneira moderada, e apesar de ser difícil de definir com precisão quanto tempo essa fase demora, ela pode variar entre dois e dez anos, e é quando comportamentos apresentados no estágio leve começam a se agravar. O paciente começa a ter dificuldade para realizar tarefas simples como atender o telefone, nomear objetos, reconhecer pessoas, se comunicar com pessoas a sua volta e etc.

Grave - Estágio III ou Estágio Avançado

         Normalmente essa fase pode ocorrer entre oito e doze anos após o diagnóstico, que é quando a doença atinge seu estágio mais grave no qual a pessoa precisa de assistência para tudo. Nesse estágio o paciente passa a apresentar dificuldades para engolir, perde o controle urinário e fecal, pode apresentar atrofia dos membros, apresenta perda total de memória, inclusive não consegue reconhecer mais pessoas próximas ou até a si mesmo em frente ao espelho.

Tratamento

         O Alzheimer é uma doença que não tem cura e o tratamento apresentado por profissionais capacitados busca ajudar a retardar a evolução da doença, mas isso varia de acordo com o estágio no qual o diagnóstico foi feito e como cada pessoa reage a esse tratamento.

         Uma das formas para tentar intervir na doença é através de medicamentos que servem para tentar controlar alguns sintomas da doença, como por exemplo, depressão, psicose e/ou distúrbios do sono, além de ajudar a manter as funções cognitivas em funcionamento. Nesses casos, os medicamentos só devem ser administrados de acordo com orientação médica que sabem qual o melhor medicamento e dosagem correta no qual o paciente precisa.

         A outra forma de tentar retardar os avanços do Alzheimer é através de atividades que estimulam o funcionamento do cérebro e que auxiliam a manter a qualidade de vida da pessoa diagnosticada e também para os cuidadores que estão ao seu redor. Dentre elas estão inclusas terapias físicas, fonoaudiologia, música, reabilitação cognitiva entre outras que ajudam a manter a mente do indivíduo ativa. Para os cuidadores, palestras com informações corretas sobre a doença e apoio psicológico são as principais ferramentas para ajudar a enfrentar os desafios de se cuidar de alguém com Alzheimer.

Conclusão

         Ter um diagnóstico rápido é importante para tentar retardar a doença, e proporcionar ao paciente maior qualidade de vida, por isso, caso você tenha ou conheça alguém que apresente sinais como esses indicados nesta matéria procure orientação médica. Caso alguém da sua família sofra ou sofreu com a doença de Alzheimer, procure orientação profissional a fim de mudar o estilo de vida para viver bem e com mais saúde.

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Para nós CHIC é ter saúde!


Referências

1.   https://www.institutoalzheimerbrasil.org.br/tratamento/

2. https://sbgg.org.br/em-dia-mundial-do-alzheimer-dados-ainda-sao-subestimados-apesar-de-avancos-no-diagnostico-e-tratamento-da-doenca/

3.   https://www.alzint.org/about/

4.   https://books.google.com.br/books?hl=pt-BR&lr=&id=XDbADAAAQBAJ&oi=fnd&pg=PT5&dq=causas+do+alzheimer&ots=F4Jv40Qs_4&sig=RksCeECPqh4BCqde9SX2N3IzPxc#v=onepage&q=causas%20do%20alzheimer&f=false

5.   https://editorarealize.com.br/editora/anais/cieh/2019/TRABALHO_EV125_MD4_SA2_ID1046_25052019094527.pdf

6.   https://www.brazilianjournals.com/index.php/BRJD/article/view/16283/13314

7.   https://www.brazilianjournals.com/index.php/BRJD/article/view/13625/11414

8.   https://books.google.com.br/books?hl=pt-BR&lr=&id=YY_iJmqqVYQC&oi=fnd&pg=PA9&dq=como+prevenir+o+alzheimer&ots=1_mAfYtn89&sig=bBzPhiFjVyMlkj5bKkT2I4ZEgA0#v=onepage&q=como%20prevenir%20o%20alzheimer&f=false

9.   https://www.scielo.br/j/rbp/a/DbpBDqKVTnsfyF3HHTDCkNN/?format=pdf&lang=pt

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Sobre a autora:

PhD em biotecnologia.
Carla se tornou PhD em biotecnologia pela Universidade Federal de São Carlos. Possui mais de 10 anos de experiencia em análises de biologia molecular. Carla é apaixonada por aprender os meceanismos por trás dos processos biológicos e trazer essas informações cientificas ao público acadêmico e não acadêmico.

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